
Em 1995, Val Kilmer assumiu o manto do Cavaleiro das Trevas em Batman Eternamente, um filme que encapsula como poucos o espírito colorido e exagerado dos anos 90. Dirigido por Joel Schumacher, o longa marcou uma guinada radical na estética da franquia, abandonando a escuridão gótica em favor de uma abordagem mais vibrante e cartunesca com vilões exagerados, como o Charada (Jim Carrey) e o Duas-Caras (Tommy Lee Jones).
Após os filmes mais sombrios de Tim Burton, Batman (1989) e Batman: O Retorno (1992), Schumacher imprimiu um visual berrante e carregado de neon. Os cenários exagerados e figurinos chamativos — incluindo o infame uniforme do Batman com mamilos — ajudaram a consolidar o tom kitsch da produção. Essa mudança não foi isenta de críticas, mas, do ponto de vista comercial, funcionou: Batman Eternamente arrecadou mais de US$ 336 milhões mundialmente, provando que a aposta em uma estética mais acessível ao grande público deu certo.

O Batman de Val Kilmer: Um marco cultural dos anos 90
Kilmer trouxe ao papel um Bruce Wayne mais introspectivo e contido, tentando equilibrar o drama pessoal do personagem com o universo excêntrico ao seu redor. Seu Batman se mostrava mais contido e analítico, contrastando fortemente com os vilões. Apesar de sua presença marcante, Kilmer não retornaria para a sequência, Batman & Robin (1997).
Embora tenha recebido críticas mistas em sua estreia, Batman Eternamente se consolidou como um artefato da cultura pop dos anos 90. Seu visual extravagante influenciou não apenas a sequência de Schumacher, mas também outras produções da década, como Irma Vep (1996), além de inspirar abordagens estilizadas em filmes modernos. Hoje, o longa é revisitado com um olhar mais generoso, sendo reconhecido como uma peça peculiar de uma época em que o cinema blockbuster flertava sem medo com o exagero e a fantasia.
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