
A inteligência artificial pode parecer o assunto do momento, mas a verdade é que essa ideia já circula há décadas – tanto no meio científico quanto na mente de roteiristas, escritores e “contadores de histórias” num geral. Desde os primeiros computadores, a tecnologia sempre foi uma porta aberta para especulação: até onde podemos chegar? O que as máquinas serão capazes de fazer?
Em 1982, Tron – Uma Odisseia Eletrônica trouxe uma dessas visões para as telonas. O filme nos apresenta um desenvolvedor de jogos – e hacker – que acaba preso dentro de um universo digital, forçado a competir em jogos de gladiadores high-tech. Tron não se apoia em magia ou ficção exagerada, mas sim na tecnologia para construir sua narrativa. E foi justamente essa mistura de futuro tecnológico e games que conquistou tantos fãs.

Agora, sejamos honestos: se alguém que nasceu depois de 2010 assistir Tron hoje, provavelmente vai soltar um “brega” ou “tosco” sem pensar duas vezes. Afinal, a evolução dos efeitos visuais nos últimos 43 anos (sim, já faz tudo isso) foi extraordinária. Mas vale lembrar que Tron foi pioneiro no uso de computação gráfica no cinema. Ele ajudou a pavimentar o caminho, abrindo a mente dos cineastas para o tão querido Cinema 3D.
Além disso, essas crianças podem assistir a Tron e pensar: “eles achavam que esse era o máximo que as máquinas podiam avançar?”. E essa sensação de “previsões erradas” acontece com vários filmes. Quem nunca parou para analisar o futuro de De Volta para o Futuro 2? Marty McFly chega em 2015 e encontra carros e skates voadores, tênis que se amarram sozinhos e até tablets. Mas as pessoas ainda se comunicam por fax! Para os roteiristas dos anos 80, essas eram grandes inovações. Eles só não conseguiram prever que avançaríamos a ponto de ter iPhones com touchscreen e aplicativos de vídeochamada.
E é exatamente isso que torna essas obras tão fascinantes: ver como cada época imaginava o futuro e perceber até onde a ficção acertou, exagerou ou foi superada. Ainda não temos carros voadores, mas você conseguiria passar um dia sem mandar uma mensagem no WhatsApp?
As Continuações e o Futuro de Tron

Mesmo com todas as mudanças tecnológicas, a premissa de Tron continua fascinante. Tanto que a Disney segue investindo na franquia e expandindo esse universo de formas cada vez mais ambiciosas. Se você ainda não assistiu Tron: O Legado, de 2010, está mais do que na hora de corrigir isso! Lançado 28 anos após o original, o filme trouxe um salto gigantesco na computação gráfica – e dessa vez, até a geração mais nova consegue se impressionar. Com efeitos visuais de ponta, uma trilha sonora icônica do Daft Punk e uma mitologia expandida, O Legado reacendeu o interesse pelo mundo digital de Tron.
Mas a franquia não parou por aí! Além dos filmes, Tron ganhou histórias em quadrinhos, jogos e até uma série animada canônica, que preenche a lacuna entre os dois longas. E agora, a expectativa está lá no alto para Tron: Ares, o novo capítulo da saga, previsto para outubro de 2025. O filme conta com um elenco de peso, incluindo Jared Leto, Evan Peters e Jeff Bridges. O diretor, Joachim Rønning, afirmou que o filme irá redefinir a franquia e continuar o legado eletrônico. Leia mais:
Mais de 40 anos depois, Tron continua sendo uma peça fundamental na evolução da tecnologia no cinema e na forma como imaginamos o futuro digital. O que começou como uma visão ousada nos anos 80 se transformou em uma franquia que segue conquistando novas gerações, provando que a fusão entre tecnologia e games sempre terá espaço na cultura pop.
Com Tron: Ares a caminho, fica a pergunta: até onde essa saga pode nos levar? Se o passado nos ensinou alguma coisa, é que o futuro sempre nos surpreende – e talvez daqui a algumas décadas estejamos revendo esses filmes e nos perguntando: “como eles não imaginaram isso que temos agora?”.
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