Crítica da Quarta Temporada de The Umbrella Academy
"The Umbrella Academy" é uma série com altos e baixos, que apresenta uma família disfuncional de super-heróis lidando com traumas e desastres. A primeira temporada se destaca, mas as seguintes são inconsistentes. Leia a crítica completa no site!

Como grande fã de super-heróis e de qualquer produção que envolva poderes especiais, eu me encantei logo com a sinopse de “The Umbrella Academy” em 2019, antes mesmo da estreia da primeira temporada. A ideia por trás da história, que vem dos quadrinhos de Gerard Way e Gabriel Bá, é muito promissora: uma família disfuncional de super-heróis com muitos segredos tentando combater desastres.

A receita de família problemática, traumas, poderes e desastres é ótima. No entanto, parece que até mesmo os roteiristas lutaram para organizar e desenvolver as ideias de forma coesa. Para o público, então, foi ainda mais complicado acompanhar a trama. A série não conseguiu sustentar a mesma qualidade em todas as temporadas; o que não significa que uma delas seja perfeita ou péssima, apenas que todas são inconsistentes.

É comum que a primeira temporada de uma série seja a mais impactante, pois é o momento da descoberta. Nas temporadas seguintes, o desafio é inovar e manter o interesse do público, algo que “The Umbrella Academy” não conseguiu fazer com tanta eficácia.

A série é uma verdadeira montanha-russa, oferecendo momentos brilhantes e outros frustrantes. A vontade é avaliar cada episódio individualmente. E estou falando isso sobre todas as temporadas. Pessoalmente, se fosse criar uma hierarquia, colocaria a primeira temporada na liderança, seguida pela terceira, quarta e, por último, a segunda temporada. Porém, todas têm altos e baixos entre os episódios. É injusto rotular a série como morna e lenta, quando há episódios cativantes que mantêm o público grudado na tela. No entanto, muitos momentos parecem desconexos e desnecessários.

Focando na última temporada, eu, particularmente, adoro a ideia de saltos temporais, que funcionam como um reset suave na história, trazendo novas situações, dramas e problemas. No entanto, mesmo com uma ótima ideia, a série não consegue entregar histórias lineares. Enquanto alguns personagens têm arcos interessantes, outros, como o Klaus nesta temporada, apresentam histórias paralelas desconexas que não contribuem para a trama principal.

O que é ainda mais triste já que como fã eu realmente torço muito para ver meus personagens favoritos com bons arcos. Entre os pontos positivos da série, com certeza, estão os ótimos atores. É inegável que Cinco é o melhor personagem e Aidan Gallagher o melhor ator da série, não é? Mas Robert Sheehan como Klaus e David Castañeda como Diego também são excelentes.

Falando um pouco mais sobre roteiro, a série peca ao continuar a recorrer à mesma narrativa: o fim do mundo. Apesar de uma breve explicação no final sobre por que o tema é recorrente, a constante ameaça de “fim do mundo” se torna cansativa. Dessa maneira, questões intrigantes, como a origem dos poderes dos personagens e o fato de terem nascido no mesmo dia, permanecem pouco exploradas e deixam o público sem respostas. Por exemplo, eu acharia muito interessante saber mais sobre a origem de Sir Reginald Hargreeves e sua esposa, mas esse é um detalhe pouquíssimo explorado.

Analisando a série em geral, há bons efeitos visuais, uma boa fotografia e filmagem, entre outros méritos. No entanto, quando tudo se junta, o produto final não é tão bom quanto poderia ser. Confesso que sentirei falta da série, principalmente pela abordagem inovadora de super-heróis e pela complexidade da família e dos mistérios apresentados. No entanto, a falta de cuidado com o roteiro ao longo das temporadas me deixou decepcionada. O potencial da série era grande, mas a execução não acompanhou as promessas iniciais.

Nota Nebulosa: 3,5

Nota 3,5
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